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O PODER VELADO DO VÍRUS
 

O Covid-19, apelidado de Coronavírus, está por aí. Como lidar? As respostas técnicas proliferam tão ou mais rapidamente que a ação do próprio vírus e podem ser encontradas facilmente.
 

Em meio às fake news e pseudo-especialistas, os dons da Díke parecem nunca ter sido tão oportunos. Mas para lidar com algo novo, as respostas técnicas podem ser importantes, claro, mas podem também ser insuficientes diante do verdadeiro poder do vírus.
 

Vamos examinar juntos… Se uma Nação é capaz de se aglutinar a partir de um propósito compartilhado, que deixa clara uma contribuição e faça sentido para os seus integrantes, um País, diante da diversidade de interesses e da multiplicidade de intenções, é capaz de se unir, em geral, diante de uma tragédia iminente.
 

No primeiro caso, as relações que vêm sendo trabalhadas há bastante tempo se encontram diante de um compromisso comum. No segundo, as relações, pouco valorizadas, se deparam com uma ameaça incomum. Em geral, o primeiro caso tem em vista a construção de uma nova realidade, que vai além da atual, na busca por uma evolução natural. Não qualquer uma, mas aquela que parte do propósito em questão e pressupõe uma transformação tanto no contexto (Nação) como no texto (pessoas), tendo o propósito como pretexto.
 

Ao final de cada etapa, a possibilidade de uma estágio superior. O segundo caso acontece quando se faz necessário resolver um problema comum. Se não fosse por isso, as pessoas seguiriam se dividindo em grupos diferentes, com interesses conflitantes e intenções distintas.

Quando o problema comum é atenuado ou é temporariamente resolvido, volta-se ao quadro anterior. Pense nisso e considere ainda: o poder revelado do vírus está demonstrado pela sua taxa de propagação, período de incubação e modo de transmissão, mas o poder velado do vírus vai além. Ele é capaz de mostrar o verdadeiro estágio atual daquelas terras e das pessoas que lá estão.

Se mais para País ou mais para Nação. Diante de algo que tenha penetrado as fronteiras, a liderança de uma Nação, sem subestimar ou superestimar, mostra as caras para evitar que a desorientação, a perturbação e a angústia alimentem o fora da ordem.

Aproveita para transformar o problema em desafio, conectado ao propósito, para incutir sentido, significado e serenidade, promovendo a ordem natural. Feito isso, busca acionar a ilha de competências das pessoas do holograma em prol de respostas criativas para lidar com a situação e superar o novo desafio.

 

Com a devida atenção e senso de urgência, o líder sabe que não pode ignorar os fatos, mas compreende que trata-se de algo transitório, e por isso precisa continuar se dedicando ao transcendente: cultivar uma Nação na Ordem Natural. O poder revelado do vírus exige cuidados e providências ligadas à higiene e à saúde. Mobilização e condutas para salvaguardar a si e aos outros.

Por sua vez, o poder velado do vírus demanda outro para fazer frente: o poder revelado por uma cultura ética, humana e próspera. Coisa de Nação. Que combina com uma liderança estadista, no eixo, para continuar conduzindo a travessia de consciências e obras - o que inclui uma nova e urgente relação com a Casa Comum.

 

Alexandre Zorita em março/2020

Texto publicado por Metanoia.

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